domingo, 10 de dezembro de 2017

Mighty No.9


Depois de 23 anos trabalhando como roteirista, produtor, ilustrador, diretor e outros cargos, Keiji Inafune deixou a Capcom para criar uma softhouse chamada COMCEPT USA e com apenas quinze funcionários, a empresa tinha alguns projetos para desenvolver, porém não tinha o elemento principal para dar vida a eles: dinheiro. Com o intuito de conseguir a verba a um de seus projetos, em agosto de 2013 Inafking começou uma campanha para angariar fundos no kickstarter, tendo como meta inicial, o valor de US$900.000,00. Em apenas dois dias a meta inicial foi alcançada e após dois meses de campanha, o projeto tinha alcançado a surpreendente marca de U$3.845.170,00! E com esse montante, o game pode ser desenvolvido para diversas plataformas, como por exemplo, PS VITA e Xbox One.
Com o dinheiro, a COMCEPT começou a desenvolver o game em parceria com a Inti Creates (Mega Man Zero), porém com o passar do tempo, Mighty No.9 começou a sofrer uma série de atrasos e conforme novas informações surgiam, tanto a mídia quanto os gamers perceberam algo importante: o downgrade. 
                                                           image by GOOGLE

Como prometido ao cumprir as metas da campanha, o bombardeiro cinza foi lançado para diversas plataformas, porém o downgrade que foi mostrado tanto nas últimas imagens, como na demo antes do lançamento oficial se tornou realidade, deixando muitos jogadores frustrados com o título. Apesar desses detalhes em relação aos gráficos (as explosões e alguns efeitos de fundo são meio bizarros) e a outros problemas, como por exemplo, a diferença de preços nas plataformas, Migthy No.9 é um bom game de plataforma 2D! Na tela inicial dá para escolher entre o modo principal, onde está a campanha principal e o modo EX, que são os desafios, cujos quais aumentam conforme o cumprimento de determinados requisitos, os créditos, sair do game e as opções, onde inclusive dá para mudar as músicas para o padrão 8 bit. 
Em relação a jogabilidade, ela é precisa é fácil de aprender (inclusive ela é muito semelhante aos controles do azulão), basicamente o jogador tem de atirar e quando o inimigo ficar tonto utilizar o botão de dash para assimilar suas habilidades, quando mais rápido fizer essa assimilação e quanto mais inimigos derrotar de uma só vez, mais alta será a pontuação. As músicas se adequam muito bem as fases, fazendo com que o jogador fique no "clima" da jogatina e isso é um fator determinante nesse tipo de game (dá para citar, por exemplo, a música Bramble Blast de Donkey Kong Country 2), os efeitos sonoros estão no "padrão", ou seja, explosões, tiros, clima etc, porém a dublagem deixou um pouco a desejar, pois dá a impressão de que os personagens agem quase sempre de forma infantil ou mesmo sem vida, coisa que (quase) não ocorre nos games do azulão. Como dito no início, os gráficos ficaram pobres se comparados as imagens iniciais do game, no entanto eles não estão ruins, pois os personagens se movem com fluidez na tela, assim como as imagens da plataforma onde Beck está, o fundo dos cenários também foram bem construídos, mas percebe-se que alguns elementos ficaram demasiadamente ruins, como por exemplo, os efeitos de explosões e fogo.

  
Embora tenha sofrido downgrades durante sua produção, Mighty No.9 não é um game ruim, muito pelo contrário, ele é divertido, dinâmico e gostoso de se jogar. Talvez o maior problema do game mesmo sejam os mimimis e o "haterismo" de muitos, que provavelmente nem o jogaram, nas redes sociais. 


MIGHTY NO.9
DISPONÍVEL PARA
PLAYSTATION 3, XBOX 360, WII U, PS VITA, NINTENDO 3DS, XBOX ONE, PLAYSTATION 4, PC
VERSÃO AVALIADA
PC
GRÁFICO
8,0
SOM
8,5
DIVERSÃO
9,0
JOGABILIDADE
9,5
REPLAY
9,0
DIFICULDADE
9,0
NOTA FINAL
8,8
PRÓS
- JOGABILIDADE PRECISA
- DIFICULDADE BALANCEADA
- ÓTIMA MÚSICAS
CONTRAS
- A DUBLAGEM PODERIA TER SIDO MELHOR
- OS GRÁFICOS ESTÃO INFERIORES AO SEREM COMPARADOS COM AS PRIMEIRAS IMAGENS

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